segunda-feira, 17 de março de 2008

QUEM SOU EU?

Um certo dia andando pela rua encontrei um bilhetinho amassado que perguntava: - Quem és tu?

Pensei comigo mesmo, boa pergunta, quem sou eu? Mas o que eu não sabia era que essa pergunta iria me acompanhar por muito tempo, e por vários locais. Onde ia geralmente encontrava num formulário, quem sou eu: e um espaço em branco a esperar por uma descrição.

Para quem quer saber quem sou eu, e para quem ainda não sabe, hoje, não sei o por quê de hoje, mas resolvi tentar responder essa pergunta.

Eu sou uma pessoa simples que adora escrever com reticências...Sou amigo, companheiro, carinhoso, mas não sou romântico. Já fui, hoje não mais. Sou assim, cada dia uma história. Cada hora um capítulo e cada em segundo versos.
Minha vida não é um livro aberto, e quem consegue abrir, nem sempre consegue ler.Sou fácil, não sou difícil. Faço as coisas gratuitamente, não espero nada em troca.
Sou esforçado, muitas vezes preguiçoso, mas no final tudo dá certo.Sigo vários caminhos, entro em muitas veredas, e nem todas me levam onde quero ir.
Sou assim, sou isso, aquilo, e aquele com quem se conta, ou de quem se conta.De minha boca saem onomatopéias do meu ser.Em minhas veias, não correm paixões, nem muito menos sonhos, mas sim sangue.
Sou humano, e como todos de minha espécie, tenho erros e acertos, mas me esforço para que no final, esses somem mais do que aqueles.
Gosto de músicas, gosto de sol, gosto de mar, mas não gosto de entrar no mar.Gosto de cerveja, de futebol e de mulheres, ah essas mulheres...
Já amei, já fui amado, e amo ainda hoje.Sou piauiense e me orgulho de minha terra, gosto do River e grito ser tricolor, mas no fundo ainda sou multicores.
Dessa forma, como dito antes, cada dia eu me formo um pouco mais, porém, no geral, ontologicamente sou eu.

E aí, respondida a pergunta?

quarta-feira, 12 de março de 2008

o dinheiro necessário, e muita, mas muita felicidade!


E aí, galera?


Foi mal ter sumido por uns tempos do blog, mas é que andei um pouco atarefado por esses dias...
Correria, trabalho, cansaço... enfim: todo mundo vira adulto um dia, né?


Isso me fez lembrar de um amigo... o bom e velho Pedro! Por onde andará esse cara? Estudei com ele na quinta série, mas lembro como se fosse agora: todo mundo brincando (e brigando) no pátio do recreio e Pedro sorrindo de tudo, no canto... ele era feliz, e sabia!


Pedrinho podia brincar no recreio;

Pedrinho podia ler turma da Mônica;

Pedrinho podia assistir TV;

Pedrinho podia jogar bola.



(Dinheiro? "Pra que dinheiro?")




No ensino médio, soube notícias dele sendo reprovado, e de ter sido praticamente expulso da escola por gostar de conversar... de se comunicar... e pela grande propensão sua a entrar em confusões sem perceber. Mas ele era feliz, e sabia!



Pedro podia ouvir som;

Pero podia tomar sorvete;

Pedro podia namorar;

Pedro podia visitar os amigos.




(Altamente liso!)




O cara (pasmem!), passou no vestibular! Agora ele tinha um futuro! E tinha uma porrada de outra galera pra conhecer também, e uma banda pra tocar! Pedro era altamente feliz. E ele sabia!




Pedro podia tocar;

Pedro podia viajar;

Pedro podia namorar;

Pedro podia tomar cerveja.





(E não tinha nem lembrança de grana).




Assim que se formou, não teve mais muito tempo pra ver os amigos. Nem pra fazer mais nada.


-Ficou besta! - diziam alguns.


- Enricou! - diziam outros.


(E realmente ganhou uns trocados...)




O que ninguém sabia é que Dr. Pedro era um pobre infeliz:



Dr. Pedro não podia mais visitar os amigos.

Dr. Pedro não podia mais tomar cerveja.

Dr. Pedro não podia mais amar.

Dr. Pedro não podia mais viver.



Mas ele amou. E como amou. Decidiu que o amor valia mais que o dinheiro. Foi aí que Dr. Pedro pediu demissão do emprego. E viu que não precisava dele pra ser feliz. Viu que o dinheiro não serve, sem o devido tempo pra curtí-lo. E viu que existiam outras formas de ganhar dinheiro sem ter um patrão.




A última vez que vi o velho Pedro (maluco de guerra...), foi numa barraquinha de praia nos arredores de Jampa. Uma praia completamente deserta (num sei como ele vive de vender alguma coisa lá!!)
Me garantiu que a renda que os turistas trazem na alta temporada os sustenta o ano inteiro.

Sim, você leu certo: "os" sustenta. Amarradão na esposa, o cara. Super feliz com ela.
Enfim, com o dinheiro necessário, e muita, mas muita felicidade!