domingo, 11 de novembro de 2007

Letras

Há tempos em que as letras cantam canções de ninar.
Tempos em que essas engenhosas armadilhas musicais
Te levam a um estado hipnótico onde é difícil reconhecer

A consciência, os sonhos e os murmúrios.

Há tempos em que as letras dançam.
Dançam ciranda, rodas e até capoeira.
Tentando a todo custo te passar uma rasteira.

Há tempos em que as letras imitam as marés.
Com suas correntes marítimas, correndo de um lado para o outro
E você, tolo, tentando segui-las.
E o mais improvável: compreendê-las.

Porém existem tempos em que as letras te dizem algo.
Que se chega até a compreendê-las.
Nessa hora, meu amigo, é bom ter cuidado:
Ou estás louco, ou já virou literatura.

2 comentários:

Nosrednew Solrac disse...

Tô gostando de ver!! Meu amigo, devo reconhecer que há tempos não via seus poemas, e que vc evoluiu muito nessa nova safra... estou orgulhoso do meu amigo poeta! Abraços!

Anônimo disse...

É um poeteiro!